quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Por que o IDEB do pará está tão ruim?

Israel Fonseca Araújo
Coordenador-Geral da Subsede



Nos países que primam pela excelência, os anos finais do ciclo escolar consolidam o conhecimento acumulado ao longo do trajeto e mais: preparam os estudantes para se tornar gente pensante, produtiva, inovadora. Oferecer um bom ensino médio é, portanto, crucial para pavimentar o caminho do jovem, seja para a vida acadêmica ou qualquer ofício que lhe dê bom rumo na vida. Essa é a história contada do ponto de vista do ideal. A realidade no Brasil é muito mais árida, como mostra o novo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) divulgado nesta quinta-feira. Um dado apenas já dá o tom da catástrofe: a matemática no ensino médio obteve o pior resultado desde 2005. Não avançou um décimo. Ao contrário, retrocedeu. Na última avaliação, referente a 2013, apenas 9% dos alunos apresentavam aprendizado considerado adequado na disciplina, número que junta as escolas públicas às privadas. Segundo os números de hoje, o porcentual é menor, entre 8% e 9%. Em 1999, eram mais: 12%. (VEJA.Com)


Quanto a nós mesmos, vejamos algumas constatações sobre essa realidade; se nosso Índice paraense está cada vez pior, mas se temos trabalhado com profissionalismo, competência e dedicação, o que explicaria essas seguidas quedas? É desmotivação o que está nos minando tanto? Confira os motivos abaixo listados: É uma triste realidade; agora observem umas situações sobre a atuação de Jatene/PSDB contra a Educação Pública do Pará:

1 - Congelamento de salários de trabalhadores/as da Educação;

2 - Não pagamento do Piso Nacional do Magistério (que já é valor irrisório), desde 2011;

3 - Cortes em Programa de Incentivo à Formação de Mestres e/ou Doutores para a rede do Pará;

4 - Mudança na legislação do Pará, para reduzir os Vencimentos do Professores/as;

5 - Não valorização dos Especialistas em Educação/Técnicos (têm os salários mais vexatórios do Magistério do Pará);

6 – Descumprimento de Acordos de Greve, firmados com a Categoria (representada pelo Sintepp);

7 – Perda de vínculos nas escolas para os recém-formados Mestres e Doutores (voltam do Mestrado/Doutora e ficam ou com apenas 50% de seus salários ou têm de “pingar” aulas em escolas e em municípios; não há garantias aos mesmos, de que terão sua jornada de trabalho, ao retornar: isso faz com que a maioria dos trabalhadores/as desistam de tentar entrar aos Mestrados/Doutorados;

8 – Sucateamento das Escolas estaduais, visando convencer a sociedade a privatizar as mesmas, no futuro (o mote da Doutrina Neoliberal);

9 – Fechamento de anos letivos sem que alunos estudem disciplinas do Currículo escolar, e isso a seguidos anos (incluindo Matemática e línguas estrangeiras);

10 – Escolas sem Quadras poliesportivas, prédios caindo aos pedaços, ausência de Laboratórios, cortes nas lotações de Docentes em Espaços Pedagógicos;

11 – Não cumprimento de lei estadual de Eleições Diretas nas escolas (continuam as INDICAÇÕES POLÍTICAS, sabidamente partidárias, na modalidade caciquismo); com isso a Comunidade Escolar é obrigada a aceitar o que deputados, assessores e outros decidem;

12 – Congelamento de Concursos Públicos, visando aumentar a contratação “política” e a Terceirização (relações “políticas” com empresas);

Outros, piores até.





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OUTRO LADO

Segundo Simão Jatene e seus aliados, atuantes na Seduc-PA, tudo está às mil maravilhas, em termos de gestão da educação do Pará.

E você, leitor(a), o que acha disso tudo?